terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Desde o início deste processo, para muitos, como eu, completamente iniciantes na arte do cinema, tudo foi uma descoberta impressionante. Do número de pessoas envolvidas, todas ao mesmo tempo e no mesmo espaço, até o "tudo muito": muita organização, muita concentração, muita energia, muita disposição, muita paciência, muito sono, mais disposição, muitas vozes, olhos, mãos e , claro, braços e abraços.


Nosso trem pegou velocidade e transportou-nos para mundos novos, novos rumos, rumos oníricos de nossa realidade. Nosso tema nos tirava da ludicidade da criação artística e nos devolvia à realidade. Nossas gravações externas, na rua, no Parolin, nas lixeiras, no trânsito, colocava-nos na realidade dura destes personagens cotidianos, os catadores de lixo, os carrinheiros. Sinto estar sendo um pouco redundante em minhas definições, porém redundância, seja na arte, na ficção ou na realidade, era constante nos sentimentos expostos nos rostos e nas palavras de todos que vivenciaram esta experiência. Referindo-se ao cotidiano de nossos personagens reais: "Que vida dura!" Sobre nosso trabalho: "Que sonho!" ou ainda, "Que canseira!" Estivemos no limite da realidade e da fantasia, do sonho e do despertar de nossa profissão e do que ela nos põe de frente.





Hoje, com muito do trabalho concluído, as gravações finalizadas, o cenário, o set, postos abaixo e encaminhados para as lixeiras, para aqueles de que falamos, estamos em fase de pós produção, edição de imagem e de som, mais criação e recriação. O trem continua com força e a todo vapor.






Em breve, mais sobre esta viagem transoceanocontinental de mundos reais e oníricos. Como diria a nossa Rita: "Pegue carona neste trem ao mundo onírico do Abração".

Estamos aí e "Lá vai o Trem"!

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